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Animação Cultural

 Achei mais conveniente fazer todas as postagens solicitadas de uma vez. A pauta deste post se baseou no Capítulo 22 – Animação Cultural, do livro Ficções Filosóficas do filósofo Checo-Brasileiro Vilém Flusser. A solicitação era que fosse criado uma apresentação a partir do objeto escolhido na dinâmica anterior junto com o grupo designado.

Fui designado para o Grupo Sete (G7) que foi composto pelos seguintes integrantes, em ordem de apresentação na peça: Gabriela, Alice, Eu, Aloísio, Caroline e Delcinir. A solicitação também pedia que compartilhássemos apenas nosso trabalho, mas como eu gostei muito do contexto desenvolvido, postarei toda nossa composição, dando enfoque na minha contribuição melhorada.

Anteriormente, a mesa abre a discussão no Conselho, concedendo a palavra ao Word Processor, que reclamava insistentemente. O Papel higiênico, indignado pelas colocações, interrompe inesperadamente:
­­- Nada disso, eu tenho uma reclamação maior! sou eu quem sofre mais com os humanos, me usam, me amassam e me descartam! Só sentem minha falta quando sobra só o meu rolo e ainda sim fazem questão de usá-lo também.
Assim, a corujinha de pedra, sensibilizada pela fala de seu amigo acrescenta:
- Mas sem você Papel higiênico, a humanidade não seria tão limpa. Eu, por exemplo, posso ser simples, mas sou feita de pedra e resistente. O lado bom é que posso durar por anos na estante de um humano, fazendo ele sempre lembrar de uma boa memória.
O lápis, sentindo-se definido pela fala da amiga, logo resolveu indagar sobre tais colocações.
- Eu, o lápis, também sou resistente, e apesar de minhas características simplórias em sua maioria, o que me define é meu interior. Sou extremamente resiliente quanto os humanos, ficando, às vezes, desgastado e fragilizado em decorrência do uso pelos menos, e, mesmo assim, depois de um uma rápida "apontada", estou novamente afiado e pronto para a próxima. E apesar de criado por eles, escrevo não apenas a minha própria história, como os ajudo a escrever e rascunhar as suas.
-Olhem pra mim! Disse o fone para seus companheiros. Sem mim o mundo seria muito sem graça, sem música. Eu tenho um papel muito importante pro mundo, sou usado em muito das vezes para as pessoas irem pro seu "mundo", fugir, se comunicarem. Sem nós, os humanos seriam mais tristes, somos muito útil para eles.
O pente, que chegou um pouco atrasado na reunião por dificuldades em se localizar no espaço, indagou a seu companheiro rolo.
- Eu, pente de plástico, também vivo esquecido no banheiro, como o companheiro Rolo! Ou pior, jogado em bolsas ou perdido pela casa!  Não percebem que sou eu que permito que os humanos se expressem, por meio da sua aparência, dos seus cabelos. Eu desato os nós de suas cabeças, alinho e direciono. E eles sempre insistindo em testar os limites da minha flexibilidade!
Em seguida, e pouco antes de partir, o tênis, em tom soberbo e desleixado disse:
- Em questão de relevância, claramente possuo um papel fundamental na conjuntura atual, pois atuo na preservação dos pés humanos, e no desbravar espaços para conquistar o firmamento da pegada humana na terra, mas mesmo assim sou menosprezado e jogado de baixo da cômoda. Porém, não me importo com esses discursos “mimizentos” prefiro me ausentar e sair vagando pelo mundo.
Mal sabia o tênis que, apesar de não ser um discurso de seu interesse, a pauta em questão do Supremo Conselho Revolucionário se tratava de uma pauta coletiva e não individual, sendo sua ausência causadora de um indagações sobre a importância da pauta, uma desordenada e paralela conversa, impedindo assim, a continuação do Conselho.

 




 

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