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Universo Gráfico

Para esta postagem, que por sinal pertence a uma obra maior - apresentação em grupo, pesquisei mais sobre o design gráfico e em especial, o par de designers Josef Müller-Brockmann e Ryu Mieno. Vale lembrar que, a análise aqui feita é sobre as respectivas obras de cada um dos autores. 

Josef Müller-Brockmann


Brockmann explica seu estilo de forma muito eficaz: "No meu pôster, publicidade, folhetos e criações de exposições, a subjetividade é removida em favor de uma grade geométrica que determina o arranjo de palavras e imagens. A grade é um sistema organizacional que facilita a leitura da mensagem, isso permite que você obtenha um resultado efetivo a um custo mínimo. Com uma organização arbitrária, o problema é resolvido com mais facilidade, rapidez e melhor. Também permite a uniformidade que vai além das fronteiras nacionais (daí o estilo internacional!), um benefício para a publicidade da que a IBM, por exemplo, se beneficiou. As informações apresentadas da forma mais objetiva possível são comunicadas sem superlativos, sem subjetividade emocional."

Estratégias e Estruturas

  • Rigidez,
  • Harmonia,
  • Ritmo,
  • Composições matemáticas e geométricas,
  • "Musicalidade no design",
  • Legibilidade,
  • Ordem (desejo piedoso),
  • Hierarquia (texto),
  • Cor,
  • Movimento

Ryu Mieno


Sound Performance, foi feito para um festival de música e teve como objetivo retratar o espírito do evento. "Tentei visualizar a interação física entre a música e as pessoas, usando o roteiro e o redemoinho de som."

Estratégias e Estruturas

  • Hierarquia,
  • Ritmo,
  • Movimento,
  • Musicalidade,
  • Cor,
  • Regra e aleatoriedade,
  • Camadas.

"Seguindo a linha das apresentações do grupo, ao analisar a obra de designers de épocas tão distintas, procurando relacioná-las, eu selecionei esses trabalhos que mais chamaram minha atenção. Na minha opinião, eles captam bem o estilo de cada época - Modernismo e Pós Modernismo - e os dois brincam com a frase/palavra na composição, mais especificamente. Com Müller é notável a tendência da época em criar artes mais legíveis, com contraste entre o espaço escrito e o “vazio”, a utilização da fonte Helvética, os grids no título e no texto, delimitando bem as bordas e o espaço ocupado pelas letras. É um design bem flat e funcional, mas que não deixa de ser uma bela composição pois, além de ocupar o espaço do cartaz de forma inteligente, separando a palavra “musica” por sílabas, por exemplo, ele cria também uma espécie de caça-palavras, ao juntar com a palavra “viva”. Atualmente isso pode parecer praxe, mas para a época eu imagino que tenha sido mais inovador (mistura palavras sem deixar de ser legível). Agora, com Ryu, a ideia de brincar com as palavras aparece, mas de uma forma completamente diferente. Aqui as letras (japonesas) ganham corpo e seu objetivo não é ser legível, mas de trazer sensações. Parecem que elas estão se abraçando, e isso não aconteceria se elas fossem padronizadas, com mesma cor, mesma espessura. Até lembram posições de algum lugar. Nesse trabalho ele utiliza os grids das letras japonesas, mas as transforma em imagens únicas, que falam por si mesmas, pois mesmo sem saber o que cada uma significa, ela tem um impacto sob mim ao observá-las. Bold, gradação de cores, assimetria, grids, sobreposição de linhas, são alguns dos elementos utilizados para compor essas imagens que criam algo além da letra/palavra, e podemos associar a outras cenas e figuras (Gestalt)." (CLARA, Maria. 2021)

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